sábado, 30 de julho de 2011

Dom Manuel Martins e as touradas





Li isto e partilhei no FB: "A NOBREZA do TOURO E A COBARDIA DO HOMEM. Um bispo contra as touradas-Cabe aqui referir a importante posição de D. Manuel Martins (Bispo de Emérito de Setúbal), quando gentilmente recebeu uma delegação do MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal e lhe questionamos se gostava de touradas: "Não gosto, nunca gostei. Brincar barbaramente com um animal, como na tourada, acho que é uma agressão à Ecologia, ao equilíbrio da natureza." Fonte: MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal”

Aqui reproduzo a troca de opiniões interessante que provocou, dia 24 de Julho, na minha página do FB. Da discussão nascerá a luz?

RPS Nunca percebi a fobia actual destas "cruzadas" anti-taurinas. Em sua substitução é mais um modo de cultura que se destroi. E claro... já te disse anteriormente, em sua substituição caminharemos, a passos largos, na tão famigerada globalização e no vazio cultural. Com coisas tão importantes para se preocuparem, a burguesa essencia de certos intelectuais (ou armadados em tal) urbanos DESTROIEM pedra atrás de pedra da alma de um país!!! Mais uma vez reconheceremos que Hemingway e Picasso eram umas "bestas sanguinárias", assim como o são muitos mais. E até na Igreja, tal como como D. Januário Torgal Ferreira que por acaso até tem uma visão completamente oposta ao "Bispo Vermelho".
Luisa Correia‎"cruzadas" talvez por uma boa causa...No circo romano a multidão também se divertia...
Nazaré Oliveira R, gostaria que me respondesses, sinceramente, com sim ou não, às seg perguntas sobre esse "espectáculo"? 1- é feito com crueldade? 2- é sangrento? 3- é macabro? 4- é fonte de rendimento? 5- é um negócio? 6- serve a educação cívica? 7- promove boas práticas? 8- dá prazer? 9- tem utilidade? 10- faz sentido? 11- é desporto? POR FAVOR, AGRADECIA QUE FUNDAMENTASSES OS TEUS SIM OU NÃO, PARA QUE TODOS PERCEBAM, AFINAL, DE QUE É QUE TENS MEDO, OU MELHOR, QUAL É A TUA FOBIA. Vou ler atentamente as tuas fundamentações pois, as minhas, já as conhecem há muito, quer nas n conversas quer nos artigos q publico no meu blogue.
Nazaré Oliveira Já agora, eu sou contra a tourada do mesmo modo que sou contra a tortura, a crueldade, a pena de morte, a humilhação e a exploração do sofrimento dos outros, a ignorância e a estupidez. Quero lá saber se A ou B estão ou não "do meu lado"! O que me interessa é que EU ESTOU DO LADO DA VIDA. Vida com dignidade que reivindico para todos, até para os ignorantes e estúpidos.
RPS Nazaré. Sabes que o sentido da "tourada" é cultural, simbólico e até místico. É a representação do "triunfo da arte sobre a força bruta; da inteligencia sobre a bestialidade; da coragem sobre a adversidade do imprevisivel! E tudo isto se representa numa celebração, porque tudo isto existe na nossa própria vida. E, obviamente para os anti-tourada o resultado é fácil de prever: menos uma tradição e extinção completa dos touros bravos! Talvez isso satisfaça os relativistas culturais: Aqueles que em troca da destruição da essencia nacional o sustituem por culturas estrangeiras ou por sub-culturas mediocres...
Luisa Correia A tourada é uma arte que gera sangue e sofrimento.O Rui identifica o touro com a força bruta,a bestialidade, o imprevisível.Um touro picado é excitado, sofre e em desespero ataca...é condicionado para dar espetáculo!E o homem aí exercita a sua inteligência, a sua arte triunfal de coragem sobre a adversidade?? Não haverá outras formas mais construtivas de celebrar estas qualidades? A extinção da tourada como destruição de uma tradição e de uma cultura? Assim não se deveria ter acabado com a pena de morte!Era a celebração pública da justiça, o castigo exemplar perante a multidão!Além disso as culturas deverão supostamente evoluir num sentido mais humano que inclui o respeito pelos animais ( mesmo os selvagens)e pelo ambiente. Fique na sua Rui.Divirta-se com as touradas.Também lutarei pela " essência nacional" mas sem touradas!
RPS Luisa. O problema é que as culturas "não estão a evoluir" mas sim a regredir! Tudo se destroi e tudo se apaga e NADA RESTA para além da sub-cultura de mediocridade ou dos estrangeirismos por complexo. É isso que essencialmente condeno, da mesma forma que digo NÃO ao paternalismo por decreto! Se há liberdade para umas coisas, então deverá haver para todas.
Nazaré Oliveira Pagam um dinheirão para ver este HORROR e TERROR e dizem, depois, não ter dinheiro para comprar os manuais para os filhos ou, então, andam "à mama" a pedinchar subsídios e a fazerem-se de pobrezinhos! Este país está cheio de merdosos!
RPS Luisa. Essa do Circo Romano já não pega. Por paralelismo, é a mesma coisa que estar a querer condenar o cristinismo e só falar da Inquisição!
Nazaré Oliveira RPS, não conseguiste fundamentar o que te pedi nas perguntas aqui colocadas no domingo às 18.34h. Obrigada. Essa é a melhor prova que me/nos podias dar para justificar o que NEM TU PRÓPRIO CONSEGUES.
Aliás, estás mesmo bem "nesse clube": usas os chavões habituais dessa gente que só se excita na arena e com os touros, com o sangue a jorrar do corpo desses seres inocentes e indefesos.
Essa gentinha, incluindo os forcados) cheios de paranóias, frustrações, machões a tresandar a marialvismo, vivem do sadismo e do gozo que lhes dá o cheiro do sangue quente e o som da carne a rasgar-se pela força bruta e impiedosa das bandarilhas traiçoeiras que os vão enfraquecendo e matando lentamente ao som das palmas criminosas de gente perversa que assiste e vibra com raiva, com ódio e estupidez, a cenário tão macabro.
A pé ou a cavalo, escondem a sua pequenez (interior e exterior) debaixo das ridículas e efeminadas vestimentas que os espartilham até ao cérebro.
Mentalmente entorpecidos, nunca sabem responder às minhas perguntas, quero dizer, FUNDAMENTAR O SEU “SIM” OU O SEU “NÃO”, como acabaste de provar, desde domingo às 18.34h!
Agarram em meia dúzia de palavras sonantes pseudo-intelectualmente brilhantes e espetam-nos com elas como se “do lado de cá” embrutecidos também houvesse.
Palavras vazias de sentido e de humanidade, pretensiosamente e incorrectamente utilizadas para transmitirem uma postura cultural e moral que nunca terão (e demonstram sempre nunca ter), pavoneando-se como heróis que são da verborreia fácil perante aquela plateia de criaturas horrendas à espera do sofrimento e da morte que aplaudem até de pé.
RPS Detesto paternalismos...