sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Yanis Varoufakis



ATENAS— Escrevo este artigo à margem de uma negociação crucial com os credores do meu país — uma negociação cujo resultado poderá marcar uma geração, e tornar-se mesmo um ponto de viragem quanto aos efeitos da experiência da Europa com a união monetária.
Teóricos dos jogos analisam negociações como se elas fossem jogos de divisão de bolos em que participam jogadores egoístas. Por ter, na minha vida anterior, na qualidade de académico, estudado durante muitos anos a Teoria dos Jogos, alguns comentadores precipitaram-se a concluir que, na qualidade de ministro das Finanças grego, estava a conceber bluffs, estratagemas e outras opções, tentando obter uma posição de vantagem apesar de dispor de um jogo fraco.
Nada podia estar mais longe da verdade.
Quando muito, o meu passado de Teoria dos Jogos convenceu-me de que seria uma completa loucura pensar nas actuais deliberações entre a Grécia e os nossos parceiros como um jogo de regateio a ser ganho ou perdido através de bluffs e subterfúgios tácticos.
O problema da Teoria dos Jogos, como eu costumava contar aos meus alunos, é o de assumir como dado adquirido os motivos dos jogadores. No poker ou no blackjack, esta premissa não é problemática. Contudo, nas actuais deliberações entre os nossos parceiros europeus e o novo governo grego, aquilo que se pretende no fim de contas é forjar novos motivos. Criar uma nova mentalidade que transcenda divisões nacionais, dilua a distinção credor-devedor em prol de uma perspectiva pan-europeia e que ponha o bem comum europeu acima da mesquinhez política, dogma nocivo se generalizado, e da mentalidade nós-contra-eles.
Como ministro das Finanças de uma pequena nação, com enormes restrições orçamentais, sem um banco central próprio e vista por muitos dos nossos parceiros como devedor problemático, estou convencido de que temos uma única opção: afastar qualquer tentação de tratar este momento decisivo como um ensaio estratégico e, em vez disso, apresentar honestamente os factos da economia social grega, apresentar as nossas propostas para que a Grécia volte a crescer, explicando os motivos pelos quais elas são do interesse da Europa, e revelar as linhas vermelhas que a lógica e o dever nos impedem de ultrapassar.
A grande diferença entre este governo grego e o anterior tem duas vertentes: estamos determinados a combater interesses para dar um novo impulso à Grécia e conquistar a confiança dos nossos parceiros e estamos determinados a não ser tratados como uma colónia da dívida que deve sofrer aquilo que for necessário. O princípio da maior austeridade para a economia mais deprimida seria pitoresco, se não causasse tanto sofrimento desnecessário.
Frequentemente, perguntam-me: e se a única forma de assegurar financiamento for ultrapassar as linhas vermelhas que estabeleceu e aceitar medidas que considera serem parte do problema e não da solução? Fiel ao princípio de que não tenho direito a fazer bluff, a minha resposta é: as linhas vermelhas não serão ultrapassadas. De outra forma, não seriam verdadeiramente vermelhas, seriam um mero bluff.
E se tudo isto trouxer muito sofrimento ao seu povo? Perguntam-me. Está, certamente, a fazer bluff.
O problema desta linha argumentativa é o de partir do princípio, de acordo com a Teoria dos Jogos, de que vivemos numa tirania de consequências. Que não há circunstâncias nas quais devemos fazer o que é correcto, não como estratégia, mas por ser…correcto.
Contra este cinismo, o novo governo grego irá inovar. Iremos cessar, independentemente das consequências, acordos que são errados para a Grécia e errados para a Europa. O jogo do “adiar e fingir”, que começou depois de o serviço da dívida pública grega não poder ter sido cumprido em 2010, vai acabar. Acabaram-se os empréstimos – pelo menos, até termos um plano credível de crescimento da economia para pagar esses empréstimos, ajudar a classe média a recuperar e resolver as terríveis crises humanitárias.  Acabaram-se os programas de “reforma” que se dirigem aos pobres pensionistas e a farmácias familiares e mantém intocável a corrupção em grande escala
O nosso governo não está a pedir aos nossos parceiros uma solução para pagar as dívidas. Estamos a pedir alguns meses de estabilidade financeira que nos permita criar reformas que uma extensa camada da população grega possa assumir e apoiar, para podermos voltar a ter crescimento e acabar com a nossa falta de capacidade de pagar as nossas dívidas.
Pode pensar-se que esta retirada da Teoria dos Jogos é motivada por uma qualquer agenda de esquerda radical. Nem por isso. Aqui, a maior influência é Imannuel Kant, o filósofo alemão que nos ensinou que a saída racional e livre do império da conveniência é fazer aquilo que é correcto.

Como sabemos que a nossa modesta agenda política, afinal de contas a nossa linha vermelha, em termos kantianos, é a correcta? Sabemos, olhando nos olhos dos esfomeados nas ruas ou contemplando a pressão sobre a nossa classe média, ou considerando os interesses dos diligentes trabalhadores de cada aldeia, vila e cidade na nossa união monetária. No fim de contas, a Europa só recuperará a sua alma quando recuperar a confiança das pessoas, pondo os interesses delas na linha da frente.


Yanis Varoufakis é o ministro das Finanças da Grécia. Publicado no New York Times


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Não foi a Troika que ofendeu a dignidade dos portugueses mas a Direita mais idiota deste país



Em pleno conflito entre a Alemanha e a Grécia o país é surpreendido com a notícia de que a ministra das Finanças de Portugal vai a Berlim, onde participará num seminário ao lado Wolfgang Schaeuble. A sala tem um ar deprimente, a meia dúzia de presentes tem todo o ar de funcionários arrebanhados para fazerem de figurantes, a mesa tem uma flor tem no centro e ao lado da ministra e do ministro aparece uma terceira personagem que ninguém se deu ao trabalho de apresentar. A ministra lá foi apresentada como o bom exemplo, a prova de que o programa de ajustamento, logo ela que chegou ao cargo depois do preferido de Wolfgang Schaeuble ter escrito uma carta onde reconheceu o falhanço.
  
A dignidade de Portugal foi respeitada quando uma ministra do governo da República de Portugal se presta a participar numa encenação montada por um governo estrangeiro que apenas pretende exibir a Grécia como um país falhado, ainda por cima quando se sabe que em Portugal grassa o desemprego  e a miséria, quando os melhores jovens foram convidados a emigrar para zonas de conforto pelo próprio governo ou quando nenhuma meta acordada foi cumprida?
  
Que se saiba a ministra não foi a Berlim, ainda por cima à custa do erário público, por ordem da troika, foi porque o governo português se sente orgulhoso neste papel. A afirmação de Junckers de que a dignidade dos portugueses e da Grécia não foram respeitadas só faz sentido em relação àquele país, no caso português foram portugueses a não respeitarem os portugueses, ainda que um deles fosse presidente da Comissão Europeia.
  
Não foi Passos Coelho que perante o sofrimento do seu povo pediu aos portugueses para não serem piegas? Não foi ele que disse não dar prendas de Natal aos filhos e fez disso propaganda? Não foi Passos Coelho que num seminário com membros da Troika lhes disse que não era por eles que fazia o que estava fazendo mas sim pelos portugueses, o mesmo seminário onde foi tirada a fotografia onde aparece curvado perante meros funcionários de organizações internacionais?
  
Quem se esqueceu das imagens humilhantes de três funcionários, que nem directores-gerais eram nas respectivas organizações, a entrarem pelo parlamento com ar de bois a olharem para um palácio, para serem recebidos com subserviência pela segunda mais alta figura do Estado português? Não foi o FMI, a Comissão ou o BCE que obrigou os governantes portugueses a proporcionarem estas figuras tristes e indignas. Foi um governo que querendo usar a Troika para encobrir o seu projecto ideológico não hesitou em arrastar um país e todo um povo pela lama.
  
De certeza que foi o FMI a impor uma reforma do Estado depois transformada em guião e agora já em fase de conversão em programa eleitoral, ou foi o governo a pedir ao FMI para vender a sua chancela para um projecto que era seu, um projecto com muitas das medidas que gente como Passos Coelho sempre defendeu? Este governo não hesitou em colocar a intelectualidade deste país ai nível do Burkina Faso para pedir a técnicos do FMI de preparação duvidosa, muitos deles reformados da América latina ou contratados a prazo algures no mundo, para lhe dizer o que fazer do Estado de um país membro da EU e da OCDE.
  
A passagem da Troika por Portugal é um período negro na história de Portugal, não por causa da crise, não por causa do empréstimo, não por causa das organizações internacionais. Mas sim por causa de gente quase iletrada, ambiciosa e com uma ideologia de discoteca que sujeitou o país  a uma experiência económica, com base num livro cheiro de erros técnicos e com pressupostos como o do ideólogo agora arrependido Vítor Bento, de que os portugueses eram culpados do pecado do consumo acima das suas possibilidades.
  
Não foi a Troika que ofendeu a dignidade dos portugueses, foi a direita mais idiota deste país, gente sem dimensão humana e sem grande currículo, com ministros doutores de diplomas aldrabados que humilharam Portugal e os Portugueses.



in  http://jumento.blogspot.pt/

Água, terra, pedras, flores...















terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O orgulho e a dignidade de um povo não se negoceiam



O líder do Syriza começou por constatar que “após cinco anos de um resgate bárbaro o nosso povo não aguenta mais”, acrescentando que “nos últimos dias sentimos que o nosso orgulho foi restaurado. É nosso dever não desiludir. A decisão irreversível do nosso governo é aplicar totalmente as promessas eleitorais feitas”.

Alexis Tsipras não foi comedido nas palavras dirigidas ao executivo anterior, formado por conservadores e socialistas, acusando-o de “ter aceitado uma série de políticas que estavam votadas ao fracasso e deixaram o governo seguinte de mãos atadas”.

“Os nossos parceiros queriam uma extensão de seis meses do programa, mas o anterior governo pediu apenas uma extensão de dois meses. O anterior governo queria que o seu sucessor, mas também a Grécia, falhassem”, o prazo finda a 28 de fevereiro.

Por isso, o primeiro-ministro helênico assumiu que o esforço de reconstrução do “país será longo e precisará de apoio popular”, estando consciente “das dificuldades e das responsabilidades”.

Temos um plano realista e uma tática de negociação forte. Não servimos outros interesses que não sejam os dos gregos”.

O mais jovem chefe de governo da história do país, realçou que a “a Grécia quer cumprir com a sua dívida” e “se os seus parceiros também o quiserem, vamos sentar-nos à mesa e discutir”.  A dívida grega “chegou aos 180%. [A Grécia] não pode fazer face a esta. E isso não é apenas uma questão técnica”.

Não pretendemos ameaçar os equilíbrios na Europa mas sim que os equilíbrios sejam repostos”, recusando liminarmente uma extensão do programa da troika, porque não “pode pedir que haja uma extensão de um erro”.

Tsipras alertou a Europa a não “cometer os mesmos erros do passado” e exigiu dos credores e da Europa um “acordo de transição até ao verão”, o que considerou, “apesar das dificuldades”, ser “possível”. Realçou, ainda, que o novo executivo, que junta Syriza e Gregos Independentes, tem “um plano pronto e propostas” que “são realistas”.

Prioridade na resposta à crise humanitária

Alexis Tsipras assegurou que a partir desta quarta-feira a “prioridade será dar uma resposta para fazer face à crise humanitária”, recontratando “funcionários públicos que foram despedidos de forma ilegal”, isentar do pagamento de impostos quem aufira até 12 mil euros anualmente, aumentar até 2016 o salário mínimo grego para 751 euros e proibir penhoras de primeiras habitações.

“A competitividade da economia grega não pode assentar em mão de obra barata e sem direitos. Precisa de inovação, tecnologia”.

O primeiro-ministro, que uma vez mais se apresentou sem gravata, realçou que as medidas anunciadas fazem parte de “uma primeira fase” do programa governativo que pretende responder aos principais desafios do país “nos próximos seis meses”.

O executivo grego compromete-se também a “não aumentar a idade da reforma ou reduzir as pensões". “Pagaremos ainda um extra, a partir do final de 2015, aos pensionistas com reformas mais baixas”. Anunciou ainda a criação “de um fundo nacional de saúde e de segurança social para financiar o sistema de pensões com receitas vindas dos recursos naturais” e a alteração do “atual imposto sobre a propriedade para os grandes proprietários”.

Em matéria de política de imigração, foi criada “uma pasta para a imigração que garanta a cidadania aos filhos de imigrantes nascidos no país”.

“Guerra contra o sistema de corrupção que minou o sistema político”

Alexis Tsipras declarou que criou “uma pasta especial para monitorizar a luta contra a corrupção e a evasão fiscal” e que vai solicitar a investigação de todas as pessoas ligadas às listas “Lagarde” e “Liechtenstein”.

“Vamos organizar equipas nas alfândegas para travar o contrabando de tabaco e combustível e mudar a lei que dá imunidade judicial aos membros do fundo de privatizações”.

“[Vamos] prosseguir a guerra contra o sistema de corrupção que minou o sistema político”.

O chefe de governo anunciou ainda “o corte de metade da frota dos 7500 carros dos ministérios, vendendo veículos que custem mais de 700 mil euros”, e um dos três aviões do governo.

"Vou reduzir o pessoal do gabinete do primeiro-ministro em 50% e a segurança num terço" e modificar a lei “de avaliação de funcionários públicos e mudar a forma como são nomeados os diretores das Administrações, para cortar ligações a partidos políticos”.

Revertendo a decisão polêmica do ex-primeiro-ministro Antónis Samaras, o encerramento da televisão pública ERT, Tsipras prometeu a criação de “de um novo canal a partir da ERT e usar para isso apenas o dinheiro dos impostos atuais, criando um novo processo de licenças de emissão”.

O líder da esquerda grega avançou ainda que vão ser formadas “unidades de polícia de proximidade e melhorado o treino dos agentes” e alterado o nome dos serviços secretos de “Serviço de Informações Nacional para Serviço de Proteção da Soberania”.

Negociações na Europa

Na quarta-feira desta semana reúne extraordinariamente o Eurogrupo, em Bruxelas, onde os ministros dos países da zona euro vão discutir a situação grega, e, na quinta-feira, é a vez dos chefes de governo da União Europeia se encontrarem no Conselho Europeu sobre a mesma matéria.

“As negociações com os parceiros da União Europeia devem levar a um acordo porque os objetivos fiscais são muito apertados, alimentam a deflação e a recessão", afirmou Tsipras.

“Precisamos de um programa que não se centre apenas no défice, como os nossos parceiros italianos e franceses também concordam”.  Alexis Tsipras saudou o apoio às negociações manifestado pelo governo do Chipre, o primeiro país que visitou na qualidade de primeiro-ministro grego.

“Vender ativos nacionais para pagar uma dívida que é insustentável é um crime. Não venderemos as nossas riquezas naturais, infraestruturas e redes. Mas consideraremos usar esses ativos para o nosso interesse nacional”.

No encerramento do seu discurso deixou um apelo, “pedimos a todos aqueles que não votaram em nós, que nos apoiem nas negociações, que apoiem a Grécia”.

“Não negociaremos o orgulho e a dignidade do nosso povo. Esta é uma luta pelo nosso povo, para que recupere a esperança e a dignidade”, concluiu.



In http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/-Nao-negociaremos-o-orgulho-e-a-dignidade-do-nosso-povo-/6/32837


Nota: 
sublinhados da minha autoria.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A importância das árvores











Pequenas grandes lições.

Para nunca esquecer.

Pedro Passos Coelho visto por Daniel Oliveira




"Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou.
Mas ficaram para sempre endurecidas na sua incapacidade de sofrer pelos outros.São cruéis.
Há pessoas que tiveram uma vida mais fácil. Mas, na educação que receberam, não deixaram de conhecer a vida de quem os rodeia e nunca perderam a consciência de que seus privilégios são isso mesmo: privilégios. São bem formadas.
E há pessoas que tiveram a felicidade de viver sem problemas económicos e profissionais de maior e a infelicidade de nada aprender com as dificuldades dos outros. São rapazolas.

Não atribuo às infantis declarações de Passos Coelho sobre o desemprego nenhum sentido político ou ideológico. Apenas a prova de que é possível chegar aos 47 anos com a experiência social de um adolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha, a líder partidário com a inteligência de uma amiba, a primeiro-ministro com a sofisticação intelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante sem nunca chegar a perceber que não é para receberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participam em eleições. Serei insultuoso no que escrevo? Não chego aos calcanhares de quem fala com esta leviandade das dificuldades da vida de pessoas que nunca conheceram outra coisa que não fosse o "risco" Sobre a caracterização que Passos Coelho fez, na sua intervenção, dos portugueses, que não merecia, pela sua indigência, um segundo do tempo de ninguém se fosse feita na mesa de um café, escreverei depois. Hoje fico-me pelo espanto que diariamente ainda consigo sentir:
Como é que este rapaz chegou a primeiro-ministro?

A propósito do dito...
Nome: Pedro Passos Coelho Data de nascimento: 24 de julho de 1964 Formação Académica: Licenciatura em Economia pela Universidade Lusíada (concluída em 2001, com 37 anos de idade)
Percurso profissional: Até 2004, apenas actividade partidária na JSD e PSD
A partir de 2004 (com 40 anos de idade) passou a desempenhar vários cargos em empresas do amigo e companheiro de Partido, Eng.º Ângelo Correia, de quem foi diligente e dedicado moço-de-fretes, tais como:

 (2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest, SGPS, SA;
(2007-2009) Presidente da HLC Tejo, SA;
(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest;
(2007-2009) Administrador Não Executivo da Ecoambiente, SA;
(2005-2009) Presidente da Ribatejo, SA;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Tecnidata SGPS;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Adtech, SA;
(2004-2006) Director Financeiro da Fomentinvest, SGPS, SA;
(2004-2009) Administrador Delegado da Tejo Ambiente, SA;
(2004-2006) Administrador Financeiro da HLC Tejo, SA.

E é este homem que:
- Nunca soube o que era trabalhar até aos 37 anos de idade!
- Mesmo sem ocupação profissional, só conseguiu terminar a Licenciatura (numa universidade privada) aos 37 anos de idade!
 - Sem experiência de vida e de trabalho, conseguiu logo obter emprego como ADMINISTRADOR!
E se atreve a:
- Falar de mérito profissional e de esforço na vida!
- Pretender dar lições de vida a milhares de trabalhadores deste país que nunca chegarão a administradores de coisa alguma, mas que labutam arduamente há muitos anos, ganhando salários de sobrevivência!

É esta amostra de homem que governa este País!


Daniel Oliveira (jornalista)

Sabe-se onde está o dinheiro do BES e ...



 

Sabe-se onde está o dinheiro do BES e ninguém faz nada?

Conhecem-se as pessoas que o receberam e ninguém lhes faz nada?
E os outros mil e trezentos milhões de euros de passivo?

E Ricardo Salgado ainta tem a lata de dizer que só vê ladrões à sua volta! 

Gostava é de saber por que razão é que aceitaram a sua caução, um valor que é uma afronta a todos os portugueses sérios e às terríveis dificuldades que passam!

E por que razão não está preso e não se investiga a fundo todos os tentáculos desta (mais uma!) criminosa organização.