domingo, 26 de maio de 2013

O Big Brother e a TVI




 

Um anormal chamado Zézé Camarinha, um dos muitos anormais do anormal Big Brother da TVI, disse (e um jornal publicou):

"Big Brother, quero a brasileira [Kelly está no Barracão] do lado de cá. Vou perder a cabeça, quero a brasileira deste lado, vou pedir perdão à Tatiana [a namorada], mas vai ser ao vivo, a sério e a cores... Vou tratar do rabinho da brasileira".

Esta besta, este desequilibrado, é como as bestas que criaram, impulsionaram e tudo  fizeram e fazem para colocar o programa "no ar".

Só num país como o nosso esta arrogância porca e estes seres desprezíveis têm destaque e passam impunes perante uma Moral Pública que é e devia estar sempre  ao serviço da Cultural, do Civismo, dos Direitos Humanos, caso da Igualdade de Género, e, acima de tudo, da Boa Educação.

Ver esta porcaria? Nem pensar mas, pelo q sabemos do lixo que o programa foi desde o primeiro, com um voyeurismo obsceno e absolutamente degradante em termos de princípios e valores, designadamente, a forma como trata e vê os mais vulneráveis, os simples (caso do triste Zé Maria), os coitados e as coitadas que, pela pobreza de espírito ou a troco de uma qualquer foto nos jornais, não interessa porquê nem como,  se sujeitam a esta e outras humilhações. Em direto. Exaustivamente expostos em nome das audiências, dos euros para a  empresa e dos bolsos dos administradores. Revolta-me.

Mas o pior é saber que esta gente se acha “notável”, umas “estrelas”, uns “artistas”! Revolta-me.

Revolta-me ver gente com saúde, ali, sem fazer nada de útil à sociedade, fechados por quem deles espera fazer dinheiro, na esperança de momentos doentios de um quotidiano forçado, do qual se espera sexo e não amor,  intrigas e até promiscuidade.

Revolta-me que a Alta Autoridade para a Comunicação Social nada faça e finja não saber. Nem mesmo o Tribunal Constitucional.

Revolta-me e preocupa-me saber que há gente que disto e destes gosta.

Não quero o regresso da censura nem o “lápis azul” do Estado Novo, não. Jamais!

Quero é princípios e valores que, seguramente, estes não são.

Quero um país que os tenha e os defenda.

Quero um país que saiba ter vergonha e assumir publicamente que tem de mudar de rumo.

Big Brother? VIP ou não VIP? Um dos programas em que mais apostou e continua a apostar este canal da Igreja Católica e no qual gastou e continua a gastar gasta milhões de euros!!!

Que hipocrisia!

Quero que a corja imunda desapareça para sempre.

 

Nazaré Oliveira

António Pina e as touradas









Meu Deus, como é que há pessoas que aplaudem "isto", adoram ver "isto", patrocinam "isto" e chamam "a isto" cultura?

António Pina, o nosso saudoso António Pina, de uma sensibilidade incrível e humanidade também, dizia, respondendo a um dos leitores de uma sua a sua crónica :

A propósito da anterior crónica (sobre as inclinações "culturais" da Câmara de Vinhais, que decidiu iniciar os seus munícipes nos prazeres "exquis" da brutalidade e tortura pública de animais) escreve-me um leitor dizendo, em abono da tourada, que Hemingway e Picasso gostavam do espectáculo. Não só eles, acrescento eu, e de touradas e coisas piores...

Escritores e artistas raramente são exemplos morais recomendáveis. Céline, escritor maior (mesmo não sendo a literatura um campeonato) que Hemingway, partilhou com Hitler, além do desprezo pelas mulheres, o gosto pela carnificina de judeus, e Picasso, juntamente com as touradas, teve outra devoção não menos sangrenta, Estaline.

A História está cheia de obras sensíveis e generosas, às vezes de grande riqueza moral, realizadas por gente feia, porca, má ou nem por isso. E se o desprezível dr. Destouches, dito Céline, escreveu a admirável "Viagem ao fim da noite" mas também obras imundas e carregadas de ódio, em outras é difícil encontrar traço do ser humano existente por trás delas (quem dirá que por trás da belíssima Catedral de Brasília está um devoto, também ele, de Estaline?)

Não é por Hemingway e Picasso se terem divertido (terem sido capazes disso) com a agonia e morte de um animal que a tourada deixa de ser um espectáculo eticamente condenável. O facto de apreciarem touradas desabona a favor de um e outro, não abona a favor das touradas.

domingo, 5 de maio de 2013

Senhor Professor António Nóvoa

Este Senhor é um Grande Senhor! Foi sempre!
Precisamos cada vez mais dele e de tantos outros como ele.

Precisamos tanto de gente inteligente e culta para dirigir este país!
De gente lúcida, séria, trabalhadora! Que sabe do que fala e da mudança que tarda mas impossível não é!

Senhor Professor António Nóvoa, eu voto em si. Por favor, candidate-se.




 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Levanta-te meu povo. Não é tarde!


SONETO DO TRABALHO

 

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.

 
Este poema que mantem toda a atualidade, foi retirado do livro "Vinte anos de poesia", de  José Carlos Ary dos Santos

 

Viva o 1º DE MAIO!

O primeiro 1º de Maio português em liberdade!