Wind of Change, dos SCORPIONS.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
FELIZ ANO NOVO!
"Recomeça" - Um dos fantásticos poemas de
Miguel Torga para ler e refletir neste momento tão especial que é o fim de um ano e o recomeço de outro. Sobretudo, o recomeço de outro.
Que 2014 seja, de facto, um ano melhor para toda a gente.
BOM RECOMEÇO!
Recomeça….
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
Miguel Torga
Que 2014 seja, de facto, um ano melhor para toda a gente.
BOM RECOMEÇO!
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
Miguel Torga
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Jaime Nogueira Pinto diz que se foi longe de mais na diabolização do Estado Novo
Jaime Nogueira Pinto, numa
entrevista que deu ao Luís Rosa, do i, dia 21 de Dezembro, diz, entre outras
coisas, que se foi longe de mais na diabolização do Estado Novo.
Pois foi. Para si, Jaime Nogueira
Pinto.
Nem todos tiveram a sua vida durante o Estado Novo, Jaime Nogueira Pinto. A grande maioria da população
passou muita fome, muito frio, muitas privações, muitas humilhações, muita repressão!
Sem roupa decente, sem
uns sapatos decentes, sem um caldo decente, sem retrete, sem escola…
A grande maioria da população, Jaime Nogueira Pinto, não teve uma
VIDA MINIMAMENTE DECENTE!
(ler entrevista aqui)
Nazaré Oliveira
Depressão na Europa não é igual para todos. Pobres sofrem muito mais.
Excelente artigo.
Infelizmente, uma triste e dramática realidade que não pode continuar assim.
Não deve ser assim.
As medidas de austeridade começam a ser vistas como um verdadeiro atentado aos direitos do Homem.
Infelizmente, uma triste e dramática realidade que não pode continuar assim.
Não deve ser assim.
As medidas de austeridade começam a ser vistas como um verdadeiro atentado aos direitos do Homem.
Os países
estão a viver a mais profunda recessão desde a Segunda Grande Guerra, é a
constatação de um relatório do Conselho da Europa que acusa as políticas de
austeridade de serem um atentado aos direitos humanos das populações mais
pobres.
Segundo o documento "Salvaguardando os direitos humanos em tempos de crise", o que começou por ser um colapso do sistema financeiro global, em 2008, transformou-se numa nova realidade depressiva em que a austeridade ameaça todos os que ao longo das últimas seis décadas implementaram políticas de solidariedade social e de expansão da protecção dos direitos humanos.
O novo enquadramento tem exacerbado as consequências nefastas para os cidadãos a nível mundial, em particular os mais vulneráveis, já a braços com níveis recordes de desemprego. Por isso mesmo é urgente que os governos dos vários Estados adoptem formas de quantificar o impacto das suas decisões nos direitos humanos, em particular as que decorrem das instituições financeiras internacionais, que nalguns casos estão a impedir que os países invistam em programas essenciais para a protecção social, a saúde e a educação.
Noutros casos, a fiscalidade inibe os governos de utilizarem todas as ferramentas ao seu alcance, sobretudo pela necessidade de cumprirem as metas do défice e da dívida pública, o que faz com que a recuperação económica para todos os europeus passe para um plano secundaríssimo. Finalmente, a evasão fiscal é também considerada como um dos combates prioritários para alocar recursos que garantam aos europeus viverem de uma forma condigna.
Segundo o documento "Salvaguardando os direitos humanos em tempos de crise", o que começou por ser um colapso do sistema financeiro global, em 2008, transformou-se numa nova realidade depressiva em que a austeridade ameaça todos os que ao longo das últimas seis décadas implementaram políticas de solidariedade social e de expansão da protecção dos direitos humanos.
O novo enquadramento tem exacerbado as consequências nefastas para os cidadãos a nível mundial, em particular os mais vulneráveis, já a braços com níveis recordes de desemprego. Por isso mesmo é urgente que os governos dos vários Estados adoptem formas de quantificar o impacto das suas decisões nos direitos humanos, em particular as que decorrem das instituições financeiras internacionais, que nalguns casos estão a impedir que os países invistam em programas essenciais para a protecção social, a saúde e a educação.
Noutros casos, a fiscalidade inibe os governos de utilizarem todas as ferramentas ao seu alcance, sobretudo pela necessidade de cumprirem as metas do défice e da dívida pública, o que faz com que a recuperação económica para todos os europeus passe para um plano secundaríssimo. Finalmente, a evasão fiscal é também considerada como um dos combates prioritários para alocar recursos que garantam aos europeus viverem de uma forma condigna.
Estas são
algumas das principais conclusões de um estudo divulgado pelo Conselho da
Europa sobre o impacto das medidas de austeridade nos direitos humanos, o qual
conclui que os danos da depressão se fazem sobretudo sentir nos grupos mais
desfavorecidos, como os jovens e as famílias de menores recursos, "que têm
sido atingidos de maneira desproporcional". Os relatores do documento
prevêem mesmo que as autoridades centrais e locais, em particular as estruturas
nacionais ligadas à defesa dos direitos do Homem, tenham de intervir para
garantir a protecção de tudo aquilo que ainda há bem poucos anos era considerado
como património inalienável da União Europeia.
sociedade civil
O papel da sociedade civil na tomada de consciência desta nova abordagem é realçado no relatório do conselho publicado este fim-de-semana. "Confrontadas com a mais profunda recessão desde os anos 40 ", refere o papel que tem a chancela do comissário do Conselho da Europa para os direitos humanos, Nils Muizniek, "As instituições que defendem os direitos humanos na Europa começam a responder à crise, promovendo e protegendo os direitos das pessoas. Várias delas têm chamado a atenção do público e dos media para a situação dos mais prejudicados pelas políticas de austeridade, no sentido de estabelecerem a noção de que é obrigatório haver directivas dos vários governos para defenderem os direitos económicos e sociais em tempos de crise".
REver as ajudas da troika
A receita de Nils Muizniek é complexa de executar mas simples nos princípios que enuncia. No fundo, os países deveriam ser obrigados a provar que as medidas que adoptam vão de encontro à Carta Fundamental dos Direitos do Homem. Mais. Esta correlação deveria ser uma condição sine qua non para que os Estados que o integram possam aceder aos empréstimos internacionais.
O processo, defende o relatório, deveria ser acompanhado por diversas instituições, incluindo da União Europeia, como a Comissão, o Conselho e o Parlamento, que deveriam consagrar este princípio em novos tratados. Os actuais pacotes de resgate deveriam igualmente ser revistos no sentido de integrarem a defesa dos direitos do Homem.
"Muitas
vezes em todos estes países os recursos são severamente enfraquecidos como
resultado de evasão fiscal transfronteiriça", refere o documento. "Ao
impedirem os governos de mobilizarem estes recursos, estas infracções
prejudicam a capacidade dos Estados para atender às suas obrigações para com os
direitos do Homem".
O Conselho
da Europa insta ainda os Estados membros a aprofundar a cooperação em matéria
fiscal para garantir que nenhum deles infrinja a capacidade dos restantes de
mobilizar os recursos necessários para o cumprimento dos direitos humanos
através da tributação das pessoas singulares e colectivas.
"A
cooperação", defende o documento, "deve ser realizada no âmbito do
Conselho da Europa e da Convenção da OCDE sobre Assistência Administrativa
Mútua em Matéria Fiscal". O Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO ) e
a Convenção do Conselho da Europa relativa ao Branqueamento, Detecção,
Apreensão e Perda dos Produtos do Crime e Financiamento do Terrorismo são
também fóruns classificados de úteis para a cooperação internacional na
abordagem deste tipo de problemas.
O relatório
refere ainda que os compromissos em matéria de direitos humanos dos países que
integram o Conselho da Europa, o qual representa 800 milhões de pessoas de 47
Estados, levam a que seja necessário revigorar urgentemente o modelo social
europeu, que sempre foi fundamentado e se baseou na dignidade da pessoa humana,
na solidariedade intergeracional e no acesso à justiça para todos.
Por Margarida Bon de Sousa, jornal
i, 30 Dez 2013
Austeridade e Direitos Humanos
Pobreza (foto Reuters) |
Uma das
nossas maiores conquistas civilizacionais é a Declaração Universal de Direitos
do Homem, e a consciencialização desses direitos como guia de toda a ação
humana.
Li isto num
relatório publicado pelo Conselho Europeu, assinado pelo Comissário
para os Direitos Humanos (Nils Muižnieks):
“Many governments in Europe imposing
austerity measures have forgotten about their human rights obligations,
especially the social and economic rights of the most vulnerable, the need
to ensure access to justice, and the right to equal treatment”
“Regrettably, international lenders have
also neglected to incorporate human rights considerations into many of their
assistance programmes.”
No relatório intitulado “Safeguarding human rights in times
of economic crisis“, Nils
Muižnieks, faz as seguintes recomendações:
1. institutionalise transparency, participation
and public accountability throughout the economic and social policy cycle;
2. conduct systematic human rights and equality
impact assessments of social and economic policies and budgets;
3. promote equality and combat discrimination
and racism;
4. ensure social protection floors for all;
5. guarantee the right to decent work;
6. regulate the financial sector in the interest
of human rights;
7. work in concert to realise human rights
through economic co-operation and assistance;
8. engage and support an active civil society;
9. guarantee access to justice for all;
10. ratify European and international human
rights instruments in the field of economic and social rights;
11. systematise work for human rights;
12. engage and empower national human rights
structures in responses to the economic crisis.
Parecem
recomendações para Estados em guerra ou em forte convulsão social.
Onde ainda se diz:
“Economic policy is not exempt from the duty of member states to
implement human rights norms and procedural principles. As embodied in
international human rights law, civil, political, economic, social and cultural
rights are not expendable in times of economic hardship, but are essential to a
sustained and inclusive recovery.”
Os avisos
são sérios e múltiplos. Ninguém está dispensado das suas obrigações para com os
outros, e a fronteira dos direitos humanos parece estar a ser ultrapassada. Os
ganhos civilizacionais não podem ser perdidos por causa de dinheiro.
in http://re-visto.com/austeridade-e-direitos-humanos/
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Como eu gostava que fosse o Natal
Em 2010 fiz esta surpresa ao meu filho no dia do seu aniversário (2010), à 1.15, hora do seu nascimento.
A música que acompanha os diapositivos é de Elton John - "Can you feel the love tonight".
Clicar só no primeiro!
Natal 2010-Parabéns Filhote! (Apresentação em Power-Point)
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Como eu gostava
que o Natal não fosse só o Natal das prendas!
que o Natal não fosse só o Natal das prendas!
Gostava de um Natal
que a todos trouxesse, por igual,
Luz e Vida
Amor e Compaixão.
Correm-se ruas
e calçadas
e perdem-se as gentes na corrida
apressada contra o tempo.
Dão-se caixinhas de sonhos,
montes de abraços e doces sorrisos.
Mas não se dão os corações nem se
dão as pessoas!
Esquecidos ficam,
tantas vezes,
os fios de ternura com os quais se
tece o SER
e o SENTIR.
e o SENTIR.
Com a magia do NATAL também vem a
saudade.
Saudade dos que amamos mas que
tiveram de partir.
Saudade dos amigos que há muito não
vemos mas que sempre recordamos.
Nazaré Oliveira
Natal, consumismo...
Quando chega
o Natal, questiono-me sempre se, de facto, ele é vivido como deveria ser: com a
alegria da partilha ou o sorriso de quem gosta de nós a valer!
Perdidos na
imensidão do consumismo e envolvidos pelas luzes coloridas desta quadra, naufragamos
em gestos ensaiados e submergimos em prendas, fitas coloridas e papéis brilhantes,
animados por uma boa mas estranha sensação de bem-estar.
De dever
cumprido.
Nem sempre
nos damos conta de que o Natal é, acima de tudo, momento de festa, festa
interior, comunhão, paz, diálogo.
O desejo de
querer que tudo de bom acontecesse e que cada um de nós fosse uma parte
importante nesse acontecer.
E que esse
bom acontecer fosse tão simples como simples é sorrir, dar um bom-dia a quem
passa, ouvir histórias de uma solidão envelhecida, mandar uma mensagem a um
amigo doente, ausente, ajudar, chegar ao fim do dia e sentir que o pouco que
demos nos fez melhores.
Agir em
consciência na defesa dos valores da solidariedade e da paz para o mundo inteiro.
Com seriedade e determinação. Sem artificialismos.
Num mundo
marcado pela globalização, pela progresso científico e tecnológico, morre-se de
fome, de indiferença, de abandono. De desumanidade.
Vivemos os
dias à procura da luz, do brilho, da cor, esquecidos que o Sol chega, todas as
manhãs, mesmo no dia de Natal.
Nazaré Oliveira
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